Por Rev. Sebastião Silvestre Pátria, a nossa terra natal, a terra dos nossos pais, adotada por tantos que para aqui vieram. É a soma dos bens materiais e imateriais das gerações passadas, presentes e futuras ligadas pelos vínculos afetivos, culturais, valores e história.
A pena dos ausentes da pátria é a nostalgia, ou seja, o intenso desejo de voltar. O poeta romântico Gonçalves Dias (1823-1864), estando em Portugal, expressou o seu saudosismo em relação ao nosso Brasil com o poema "Canção do Exílio", do qual transcrevo a última estrofe:
"Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o sabiá.“
O cubano José Marti (18534895), estando nos Estados Unidos, ajudou a preparar a revolução que terminaria com a independência de Cuba da Espanha.
Em 1895, pouco antes de embarcar para Cuba, escreveu: "Para mim a pátria não será nunca triunfo, senão agonia e dever".
Os hebreus cativos na Babilónia anelavam a volta: "Às margens dos rios da Babilónia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião... Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegues-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria" (Salmo 137.1,5,6).
Nosso país precisa ser encarado de forma diferente por todos e, principalmente, por aqueles que dizem estar a serviço da pátria. É triste dizer, mas os maiores inimigos da nossa pátria têm sido os "brasileiros"
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